2 de julho de 2010

Ligação Frustrada

Eu poderia dizer tudo nos mínimos detalhes, mas mudei de ideia antes de me esvaziar.
O seu mundo continuou limpo, na sua imaginação, assim como a minha consciência. 
Sua ilusão só aumentou e ao olhar ao seu redor, não há ninguém. Nem eu.
Se ouviu alguma coisa, não ouviu isso de mim, não de mim.
Escondo o relógio, perco o tempo, arranco meus sapatos e os arremesso pra bem longe.
Desconto meus infortúnios e infelicidades neste objeto.
Eu preciso de mais tempo. Preciso guardar este relógio, pra quando eu estiver pronta pra falar.
Localizar palavras que parecem tão difíceis de serem encontradas.
Com frequência, digo palavras que eu desejo poder retirar.
A coisa mais importante que eu guardo, é algo chamado de discernimento.
Mesmo sabendo que a sua intenção está direcionada a escutar somente o que deseja, certamente o que eu não queria dizer.
Me calo, não deixo isso mudar. Talvez ao abrir a minha boca, cometa um dos maiores erros do mundo: O julgamento. 
Que ecoa em minha mente de uma forma incrível e espontânea. Meu desejo é que este, não ultrapasse seus limites.
Mente aberta, boca fechada. 
Vou implorar por uma frase que irá quebrar rapidamente, seja lá qual seja esta, ela será minha. E isso, jamais vai mudar.
Sinceramente, esperava muito mais do que tudo aquilo que definíamos como elo de ligação, compartilhamento de emoções... Amizade.


Nathalia
expressando uma saudade camuflada em decepção,
não queira entendê-la.

12 comentários:

  1. Bem profundo o texto! Vc sabe realmente expressar o que sente atravez das palavras escritas!!!

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  2. MUito bom mesmo, retribuindo a visita e seguindo...

    bjs

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  3. Tudo o que posso retirar disso, é a dúvida de como para algumas pessoas um sentimento tão puro desaparece e tantos dialogos feitos transformam-se em juras políticas... porque tudo isso? Isso não precisava ser assim, e as pessoas deveriam ter sido mais sinceras.

    Gostei dessa sua carta de decepção, se poder leia meu blog também ^^.

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  4. muito lindo, eu tenho a mesma opinião que vcê e acho que sem duvidas a gente espera muito mais
    da uma passadinha lá : http://meucopas.blogspot.com/

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  5. É por isso que eu digo que você sim sabe escrever e os meus são tentativas... kkk
    Mais uma vez, obrigado pela sua amizade, essa eu sei que é verdadeira =)

    Beijo!

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  6. E sobre minhas idéias não há palavra que possa definir contemporâneo: que se fosse talvez um seu amor novo; um teu olhar mais aplicado... Novas tecnologias que nos cercam; uma vida mais poluída e monótona, ou feliz e sadia? Talvez... Realmente a verdadeira definição não vem à mesa – a minha. Só devaneios. E se for todas estas coisas – que devaneios ser...?

    - porque para ser real não haverá nada que não possa ser tão velho e tão novo... Tão intenso e tão falso imenso... Tão seu e nada meu. Que não possa ter-te e algum dar-te por assim...

    Porém suas palavras me fazem ir à procura de seus contemporâneos – sem minha definição: sendo essas que quero!... E o ponto: não consigo definir suas palavras que se arrastam tão próprias – como já dito –; que definem o seu eu – e que me faz procurar o meu, que de certo talvez... –, mesmo sem responsabilidade e pretensão alguma...

    - as que imitam que são próprias as que plurais e singulares, palavras, suas palavras... Definem algo que não tem definição... Talvez tanto contemporâneas, talvez tanto antiquadas, talvez tão seu e nada meu, que eu não possa entender...

    * e que sempre talvez: não me façam entender...
    (...)

    ...suas palavras que talvez contemporâneas!

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  7. Me identifiquei muito com a frase : Mente aberta, boca fechada.

    Parabenss texto perfeito!.

    =*

    seguindo

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  8. Olá, Nathalia!
    Sempre bom encontrar blogs de escritores. Passarei a acompanhar o seu.

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  9. Otimo Texto, adorei.

    Passa lá no meu blog: www.a-verdadenuaecrua.blogspot.com/

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  10. Tentar entender, nunca é uma boa opção!
    adorei Nathi ♥

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  11. Costumamos criar nosso próprio mundo de ilusão, onde a gente vê o que quer, e quer escutar exatamente algo que, se alguém não diz, somos injustiçados.
    Gostei do "mente aberta, boca fechada", nao devemos mesmo julgar os outros, apenas analisar, compreender.

    obs.: coitado do sapato que passa a vida protegendo seus pés. rs

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  12. Texto que transforma o básico em essencia, a rotina em modo de discernimento na frase "mente aberta boca fechada" chega ao ápice não do receio mas do agir preventivo. Gostei do estilo de ligação que faz no antagonismo de dizer as coisas.visite meu blog: parkinsonianorn.blogspot.com

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Obrigada pela opinião!