6 de novembro de 2010

Melhor Companhia

Enquanto escuto o ponteiro dos segundos do relógio, em minha mente se passa diversas vontades e reações.
O cheiro do perfume que exala em meu quarto, a brisa gelada entrando pela janela de madeira e ao meu redor, somente paredes decoradas sem graça alguma.
Observando o pôr-do-sol, me dou conta que passei horas ali sentada, sem fazer nada. Aliás, pensando bem... eu estava fazendo algo, só não sei definir o que realmente era. Como um devaneio ou um dejavù, isso estava acontecendo no tempo, por si só.
Estava acompanhada por alguém que tinha os mesmos ideais que eu. Alguém que conflitava seus pensamentos comigo e no final concluía sempre o melhor e o mesmo que eu. Era alguém confiável, amável e calada.
Poderia chamá-la de solidão, mas isso rima e soa com escuridão, e ali estava claro demais para se assemelhar a isso. 
Não queria definir o que realmente havia acontecido naquele tempo. Não havia saudade, nem lágrima, como de costume. Não havia ausência, nem falta de sentimentos. Não precisava de mais ninguém. Porque às vezes, você é sua melhor companhia. 


Nathalia
muito bem acompanhada numa aula de Física,
deixa assim ficar subentendido, risos.

4 comentários:

  1. Que lindo! Sempre é bom "desfrutar da prórpia companhia" A gente tem a oportunidade de pensar sobre certas coisas!
    Você escreve muito bem, amei o post.
    Beeeijos

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  2. De vez em quando é bom estar acompanhada da solidão! :D
    "Não havia ausência, nem falta de sentimentos" - rá, quase o titulo do meu blog, que na verdade é contraditório.
    Adorei o texto.
    ;*

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  3. Sempre reconfortante ser acolhido por si mesmo...

    às vezes chego a ter vertigens da minha companhia, afogo na própria existência. É assustador e desamparador

    :/

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Obrigada pela opinião!