8 de novembro de 2010

Noites narradas

Dez horas da noite, chego.
Onze horas da noite, você chega.
Meia noite, chegamos juntos a um acordo romântico.
Uma hora, o calor, o sabor e o cheiro exala no ar.
Duas horas...
Três horas, a insônia nos persegue entre saudade e presença.
Quatro horas, os ponteiros do relógio soam como tempestade.
Cinco horas, o sono é maior e somos observados pelos anjos ao dormir.
Seis horas, eu te vejo dormir.
Sete horas, a noite acabou, o sono persiste, mas estamos atrasados.


Dez horas da noite, chego.
Onze horas da noite, você chega.
Meia noite, nos falamos.
Uma hora, ambos dormem.
Duas horas... continuamos dormindo.
Três, quatro, cinco, seis, sete... eis que o despertador toca.


Dez horas da noite, chego.
Onze horas da noite, você chega.
Meia noite, nem me lembro mais.

Rotina, você me maltrata.

Nathalia
narrando noites imaginárias, quase imaginárias.

6 comentários:

  1. Adorei o jeito como você expôs isso... e na minha visão, dá pra perceber como as coisas mudam com o tempo. Antes é tudo maravilhoso, mas aos poucos vai se acabando, o dia a dia cansa e cai na tal rotina ao invés de fazer o que seria o melhor, o contrário !

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  2. Pior, ninguem merece rotina!
    è bom nós fugirmos um pouco dela
    muito bom o blog.
    abraçs.

    www.levelgamed.blogspot.com

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  3. rotina... tem dois gumes! afinal, dentro dela há uma não-rotina de sensações.

    É a vida
    maltrata aos beijos, acaricia com espinhos ^^

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  4. Ai, gostei muito desse texto! Muito bom, mesmo.

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Obrigada pela opinião!