E agora?
Três, quatro anos depois.
Cadê você?
Cadê a grande mutação?
Pintaram as rebordosas. Continuaram pintando. Nós continuávamos resistindo mas às vezes penso que viver não deve ser apenas isso, segurar a barra.
Continuamos carregando nossas pequenas maldições – mais orgasmos, insônia, pesadelos, excessos de álcool e cigarros, procura cega, iluminações ilusórias e passageiras, etc. O mundo continua apodrecendo, os amigos vão para a Europa, para a clínica ou para a prisão, viciaram-se nas drogas mais diversas. Em nome de que resistimos? De onde tiramos essa energia, que é meio talvez uma falta de energia por não termos conseguido radicalizar e mudar alguém ou a nós próprios, ou enlouquecer e fugir pro mato. Normalmente resistimos enquanto o coração resseca, os olhos endurecem, as deliberações se frustram.
Desmascaramos a farsa para continuarmos a existir no meio dela. De que nos tem servido essa lucidez senão para chamar barra cada vez mais pesada?
Batalhamos a paz, a divina diferença. Pra termos sede de amor e de beleza.
Com ou sem nova convivência, somos profundamente infelizes. Nosso saldo é o desencanto. E você, onde andará?
Nathalia
por Caio F.
Você jogou a verdade, e nem tenho elogios. Não foi lindo. Apenas "é isso mesmo... Exatamente isso"
ResponderExcluirOlá, Sabedoria.
Quem gosta de beleza é o libriano, diz o horóspico...
ResponderExcluirÉ uma linda postagem!
ResponderExcluirUma ótima exteriorização e palavras sinseras.
É lindo, moça.
Beijos.
Ótimo blog, exímios textos. Parabéns :D
ResponderExcluirS.Rïver
http://saimonrio.blogspot.com