13 de agosto de 2016

Dia desses encontrei com ele no metrô

Dia desses encontrei com ele no metrô. Nos entreolhamos distantes por alguns minutos, acenei timidamente e ele se aproximou. 
Iniciamos uma conversa aleatória, daquelas que a gente já ensaiou o começo, previu o meio e já sabe o fim. Ah, os fins! 
Enxergar aquele sorriso irônico jogado pro lado esquerdo do rosto mais uma vez, me fez lembrar daqueles fins de longas e esperadas semanas e no suposto fim que tivemos numa dessas.
Depois de comentarmos sobre o tempo, de como estão nossas ávidas vidas, a família, o cachorro, a crise e uma receita nova do nosso doce favorito, nos vimos compartilhando sonhos. 
É incrível como nos sentimos a vontade em dividi-los com algumas pessoas, não é mesmo? E mais incrível ainda é saber que existem sonhos em comum – sincronizados – um a um, dia a dia, lado a lado. A reciprocidade dos sonhos é uma das formas mais puras de amar. Talvez por isso a esperança seja imortal a quem não deixa de sonhar. 
Voltamos à realidade e me dei conta que já era minha hora de descer. Me despedi rapidamente e escutei sua resposta monossilábica ecoando ao longe no vagão daquela estação. Segui minha rotina sorrindo, pois naquele dia tive a certeza de que nada foi e nunca será em vão. 
Dia desses espero encontrar com ele novamente no metrô ou em qualquer lugar do mundo.

Nathalia, 
encontrando sorrisos esperançosos 
no metrô ou em qualquer lugar do mundo. 

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